Este best-seller foi escrito há pouco mais de três anos, quando surgiu a idéia de criarmos um livro trocando emails, já que um mora nas imediações do Trópico de Capricórnio e outro exatamente sobre a Linha do Equador. Mas ficou engavetado num HD desde então e só agora nos autorizamos a publicação digital na internet. Então, direto do túnel do tempo para a mesa de trabalho do Windows7 de milhões de leitores virtuais do cyberspace digital, eis que surge nosso primeiro livro digital para livre download.
No entanto, advirto que sem a nova revisão ortográfica da língua portuguesa, afinal, nem os proprietários originais descendentes de Cabral estão muito disposto a tudo isso...
Mas não posso deixar de ressaltar que um livro digital é estranho. Não possui tiragem inicial, não tem data de lançamento em livraria chique, nem noite de autógrafos com jornalistas e paparazzos de plantão. Não tem buffet de comemoração com canapés de caviar, não tem edição revisada, tampouco reversão financeira dos dividendos de milhares de livros vendidos mundo afora. Mas também não tem fracasso de vendas! Caracas! Um livro digital não tem nada.
Dane-se! O que vale mesmo é a inovação e o pioneirismo. Apesar que não é bem uma inovação e tampouco pioneirismo, porque até Paulo Coelho já fez isso. Diria então que compadecemos da vontade de compartilharmos com o próximo, darmos nossa cota gratuita de cultura à sociedade brasileira, afinal, somos socialistas.
Não! Comunistas. Não! Capitalistas. Não! Neo-liberais. Não! Anarquistas. Não! Nacionalistas. Não! Democratas. Não! Republicanos. Não! Extremistas. Não! Cristãos. Não! Ateus. Nao! Budistas. Não! Apenas mais dois na multidão em busca de quinze minutos de fama. Mas mesmo que a notoriedade não venha, pois não estamos a divulgar um vídeo engraçadinho no YouTube, ainda assim, a publicação de nosso livro digital terá valido a pena só por usarmos gratuitamente produtos do Google a serviço da humanidade. Isso, mesmo se tiver um único leitor digital.
Mas se alguma editora se interessar e exigir que retiremos do ar nossa publicação, desculpem caros leitores, mas teremos que deixar de lado essa coisa de altruísmo e ganhar dinheiro para pagar o leitinho das crianças...
Paulo Cosmo
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